UMA VISÃO AMPLA SOBRE A LIBIDO POR VICTOR DIAS MOREIRA

A perda do apetite sexual, tem tornado-se muito frequente entre a faixa etária adulto-jovem. Quando o assunto é Transtornos do Desejo Sexual, devemos ponderar uma série de mecanismos e causas, já que somos seres biopsicossociais.

Para dissertarmos sobre esse tema primeiramente devemos entender a diferença entre as teorias psicológicas e os distúrbios orgânicos.

1) Libido segundo a Psicologia:

De acordo com a teoria da libido descrita por Freud, na infância a libido se desenvolve por fases e por várias características do desenvolvimento da personalidade. São as famosas fases: oral, anal, fálica, edipiana e genital. Partindo deste princípio, os distúrbios relacionado à falta da libido estão estritamente relacionados com inibições prévias, traumas da infância e aceitação.

2) Libido segundo teorias orgânicas e hormonais:

Ainda na graduação de medicina, lembro-me das aulas de fisiologia do envelhecimento. Aprendemos que a diminuição do desejo sexual pode advir de um grande desequilíbrio hormonal – Em especial o declínio da testosterona e o aumento do estrogênio.Também pode estar relacionada com o desequilíbrio da síntese de neurotransmissores produzidos pelo SNC (Sistema Nervoso Central).

A influência de fatores externos estão diretamente ligados a produção e a interação dos hormônios sexuais, neurotransmissores e seus respectivos receptores.

De acordo com estudos recentes, o stress e o trabalho excessivo tem sido o principal denominador em comum para a perda do desejo sexual em ambos os sexos.

Podemos citar como exemplo, o grande estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Zagreb, na Croácia, e da Universidade de Oslo, na Noruega. Neste, houve a participação de 5.255 homens heterossexuais e o consenso foi quase que unânime.

Vivemos num mundo muito diferente de quando Freud e nossos catedráticos e falecidos autores descreveram a libido.

Sabemos que a praticidade do dia a dia, a COMODIDADE do ser humano, a alimentação desregrada, a interferência dos chamados disruptores neuroendócrinos e a miscigenação cultural (crenças religiosas) vêm repercutindo exponencialmente não somente na saúde, mas também na vida conjugal.
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Se você encontra-se nesta situação, primeiramente reduza a carga horária de trabalho, invista em momentos a sós com o seu par, procure programas que agradem aos dois gostos e sempre que houver desavenças no relacionamento, tenha como solução o diálogo.
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Uma vez que a tentativa da reaproximação não está sendo eficiente, talvez seja a hora de procurar por ajuda profissional e buscar saber se há alterações hormonais.

De antemão repito o que venho frisando há anos: Nao existe nada mais curativo do que a sua própria capacidade de se curar. Pare de fantasiar desculpas ou almejar uma solução RÁPIDA e MÁGICA, primeiramente busque um novo estilo de vida e acredite em seu potencial de cura.

Dr. Victor Dias Moreira
Instagram: @drvictordimor
Site: www.drvictordimor.com.br

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