Bom, para falar de emagrecimento é preciso entender o que essa palavra significa primeiro. No dicionário encontramos a definição “ficar magro”, “tornar magro”. Em nenhum lugar está escrito “perder peso”. Ficar magro é ganhar massa magra, entenda massa magra como água e massa muscular. E como isso acontece?
No processo de reeducação alimentar associado a exercícios físicos, ocorre uma mudança na composição corporal: reduzimos o percentual de gordura e aumentamos o percentual de massa magra. Isso se dá por diversos fatores, como a utilização de gordura como fonte de energia durante o exercício ou pela síntese de proteínas estimulada pelo exercício de força, que resultará em ganho de massa muscular a longo prazo.
Mas para esse processo correr é preciso que haja uma certa quantidade de carboidratos, principalmente para direcionar mais ainda a gordura como fonte de energia no exercício. Sim, ele não é um vilão como pensam, e é sim muito importante para o emagrecimento. Quando comemos carboidrato, armazenamos esse nutriente no organismo na forma de glicogênio. Para cada 1g de glicogênio no corpo armazena também 2,7g de água, o próprio nome já diz : carbo-hidrata. Dessa forma, podemos aumentar até o peso na balança devido à água. Então eu engordo? Não. Lembra que falei que água é massa magra? Quando aumenta massa magra, você emagrece.
Precisamos desmistificar o uso da balança como único meio de avaliar emagrecimento. Os melhores meios são aqueles que analisam a composição corporal, seja por dobras cutâneas, bioimpedância ou até mesmo o mais preciso que é a densitometria óssea.
Temos que lembrar que o músculo é mais denso que a gordura, e que precisamos de um volume muito grande de gordura para equivaler o mesmo peso em um pedaço pequeno de músculo. Por isso a balança não serve para avaliar essa troca na composição corporal.